Ah, os 2 anos…
A idade em que um “não” pode causar um verdadeiro apocalipse. Em que o chão da sala vira palco de birras épicas e o banho, uma batalha diplomática. Estou vivendo isso agora e posso te dizer: essa fase é intensa — para eles e pra gente.
Se você, assim como eu, está enfrentando dias de muitos choros, gritos, frustrações e “nãos” que parecem o fim do mundo, respira fundo. Vamos conversar com acolhimento, sem julgamentos. Porque essa fase não é fácil, mas podemos passá-la de forma mais leve — sem surtos (ou pelo menos, surtando menos!).
💥 Por que os 2 anos são tão desafiadores?
A famosa “adolescência do bebê” chega com força total. É nessa fase que eles começam a querer se afirmar, testar limites, descobrir vontades e aprender a dizer não. O problema? Eles ainda não têm maturidade emocional para lidar com tudo isso.
É como se o cérebro e o coração deles estivessem em construção — ao mesmo tempo — e nós, mães, estamos ali: segurando a obra com uma mão e o café com a outra.
💢 O que são as birras?
Birras não são malcriação.
Elas são explosões emocionais de um cérebro imaturo diante de frustrações que ele ainda não sabe processar.
Quando seu filho chora desesperadamente porque você não deixou comer sabão ou porque a banana partiu ao meio… não é drama, é emoção real. Ele está frustrado, confuso e precisa de ajuda — não de grito ou castigo.
❤️ Como lidar com tudo isso sem surtar?
A verdade é que a gente surta. Às vezes grita, perde a paciência, chora escondida no banheiro. E tá tudo bem. Isso também é ser mãe. Mas há caminhos que nos ajudam a viver essa fase com mais leveza. Aqui vão algumas coisas que estou aprendendo — e tentando praticar todos os dias:
💬 1. Valide os sentimentos deles
Em vez de dizer “não é nada” ou “para de chorar”, tente:
“Eu sei que você está bravo porque queria aquele brinquedo.”
“Você ficou triste porque a brincadeira acabou, né?”
Eles não sabem nomear o que sentem. Nós podemos ajudá-los a entender e acalmar.
🧘♀️ 2. Cuide de você também
Uma mãe esgotada dificilmente consegue acolher um filho em crise. Tenha seu tempo (nem que seja no banho, no café quente ou ouvindo uma música no fone). Se puder, peça ajuda. Não é fraqueza. É cuidado.
⏳ 3. Escolha as batalhas
Nem tudo precisa virar discussão. Se a meia está trocada ou o prato não combinou com o copo… tá tudo bem. Às vezes, deixar passar é sinal de sabedoria e não de fraqueza.
📦 4. Crie uma rotina previsível
Crianças nessa fase se sentem mais seguras quando sabem o que esperar. Horários parecidos, rituais simples (como a história antes de dormir) ajudam a diminuir crises.
🙅 5. Seja firme com afeto
Dizer “não” com calma é mais poderoso do que gritar. A firmeza amorosa ensina muito mais do que o medo.
“Eu entendo que você quer isso, mas agora não pode. Estou aqui com você.”
🫶 Eles não querem te desafiar. Eles confiam em você para segurar a onda com eles.
Essa fase vai passar. Como todas as outras. Mas ela também deixa marcas: de crescimento, de amadurecimento e de vínculos ainda mais fortes.
Não se culpe por achar difícil.
Não se compare com a mãe da internet.
Não se esqueça que você está fazendo o seu melhor.
✨ Você é a mãe certa para o seu filho. E ele é o seu melhor mestre.
Aos poucos, eles aprendem a se comunicar, a se acalmar, a esperar.
E nós, mães, aprendemos a respirar, a escutar, a acolher.
Se hoje foi um daqueles dias difíceis… saiba que amanhã você pode tentar de novo. Com mais calma. Ou não. E mesmo assim, vai continuar sendo uma mãe incrível.